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Paraty e a História



 
Os primeiros portugueses chagaram a esta região no final do Séc. XVI e construíram suas casas no morro hoje chamado “Forte”. Conviviam com índios amigos, os guaianás, que habitavam Lagamar, pequeno golfo.



Por volta de 1630, na vargem entre os rios Perequê-Açu e Patitiba, em terras doadas por Dona Maria Jácome de Melo, iniciaram a construção do novo povoado, erguendo uma pequena capela para N. Sª. dos Remédios. Até 1660 o povoado pertencia à Vila de Angra dos Reis, dela se separando por revolta popular que criou a Vila, reconhecida oficialmente em 28 de Fevereiro de 1667.



No final do Séc. XVII a antiga trilha indígena, que ligava Paraty ao Vale do Paraíba, passou a escoar a produção de ouro e pedras preciosas das Minas Gerais. Por ela agora conhecida como “Caminho do Ouro” ou Estrada Real, transitavam riquezas, pessoas, gêneros e tradições portuguesas.



No Séc. XVIII, erguem-se a atual Matriz, as Igrejas de Santa Rita e N.Sª. do Rosário e define-se o traçado urbano em forma de leque, à moda portuguesa, intensifica-se a produção de aguardente que associa seu nome ao da cidade.



No Séc. XIX, pela estrada da Serra desce o café do Vale do Paraíba e a produção de aguardente atinge cerca de 2 milhões de litros. As ruas continuam a ser calçadas com pedras. Construiu-se um novo hospital, a Capela das Dores e concluíram-se as obras da Matriz..



Isolada das rotas do comércio, no final do séc. XIX, amargou quase cem anos de decadência, que preservou suas edificações, arruamento, cultura e tradições, que são hoje, seus principais atrativos turísticos. Estes, aliados à exuberante Mata Atlântica, suas cachoeiras e trilhas e à baia com inúmeras praias e ilhas.



Paraty foi inscrito nos Livros de Tombo do IPHAN em 1958 e reconhecida como Monumento nacional em 1966, hoje Paraty é candidata ao título de Patrimônio Mundial pela UNESCO.